terça-feira, 11 de junho de 2013

Cineclube Sesi: curtas de Stan Brakhage

Nesta quinta-feira dia 13/06 o Cineclube Sesi apresenta uma seleção com 13 curtas do realizador americano Stan Brakhage dando continuidade ao ciclo Cinema Experimental que contará ainda com trabalhos de Martin Arnold (20/06) e Peter Tscherkassky (27/06).
Sempre com entrada franca!

Cineclube Sesi: curtas de Stan Brakhage

Brakhage desenvolveu várias obras em diversos formatos. O artista experimentou técnicas como: o corte seco, pintar o negativo, a edição diretamente na câmera, a múltipla exposição na película, dentre muitas outras.
Stan foi um grande pesquisador e curioso nas áreas da mitologia, música, poesia e fenômenos visuais. Ainda, procurou revelar o universo em particular, explorando temas como nascimento e morte, questões de gênero, inocência e memória. São características em sua obra a desconstrução da narrativa, a exploração de texturas e a utilização do loop como recurso discursivo.
Fernando Velázquez (http://www.livecinema.com.br)
1 - Window Water Baby Moving (1959, 12 min.)
2 - Cat’s Cradle
 (1959, 6 min.)
3 - Mothlight (1963, 4 min.)
4 - Dog Star Man – Parte 3 (1964, 11 min.)
5 - Eye Myth (1967, 15 seg.)
6 - The Wold Shadow (1972, 3 min.)
7 - Night Music (1986, 30 seg.)
8 - The Dante Quartet (1987, 6 min.)
9 - I…Dreaming (1988, 8 min.)
10 - Glaze of Cathexis (1990, 3 min.)
11 - Stellar (1993, 3 min.)
12 - Black Ice (1994, 3 min.)
13 - Lovesong (2001, 11 min.)

Sobre "Window Water Baby Moving"
Entre formas e cores, um homem, uma mulher, a mulher na água, a janela que prisma a luz, o bebê. De onde vem o bebê? Brakhage tem noção que o bebê (o SEU bebê, e isso é fundamental) vem da barriga daquela mulher. Que ele está onde sua câmera não chega, mas de onde ele pôs seu(ua) sêmen(te), onde uma parte dele se cria e que, agora, sai para o mundo. E o mundo? O mundo é cruel e homens cruéis impõem seu “absoluto realismo” à todos, adultos, crianças e bebês também. Brakhage pertence a outra esfera, seu mundo é calcado no amor que sente pelas coisas e em seus olhos que enxergam como ele apenas poderia enxergar. O ato de ver com seus próprios olhos é o de formar um mundo que lhe pertença. Se o mundo de um bebê, de uma criança, é aquele que os pais criam para ele, o que Brakhage cria para sua filha, para a nossa felicidade, transborda pela câmera, do parto de um artista nasce uma obra, juntar o parto de um ser humano e o de um filme é a realidade em si. Realidade de que Brakhage ama tanto a sua filha quanto o cinema e os dois, ao se chocarem, tornam-se um só. A luz é criadora, a janela e a água refletem ela, se formam dela. O bebê se move porque é cinema.
Serviço:
dia 13/06 (quinta)
às 19h30
na Sala Multiartes do Centro Cultural do Sistema Fiep
(Av. Cândido de Abreu, 200, Centro Cívico)
ENTRADA FRANCA

Realização: Sesi
Apoio: Atalante

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